Auto Avaliação
Publicamos a seguir um breve resultado do questionário de auto avaliação do programa aplicado aos discentes e egressos em novembro de 2020. Este obteve taxa de resposta de 78% (44 de 56 possiveis respondentes das turmas de 2015 a 2019). O questionário incluiu também questões abertas, com perguntas relacionadas à atuação profissional dos egresso e a qualidade dos componentes curriculares do programa. As respostas foram incorporadas ao processo de planejamento do programa que tem ocorrido periodicamente desde o inicio do ano de 2020.
A avaliação do PPGAU+D, através da coleta das respostas dos discentes e egressos em 2020, visa compreender, entre outras questões relevantes para planejamento e aperfeiçoamento do programa, as amplas possibilidades de impacto desta pós-graduação nos âmbitos econômico e sociocultural, profissional, educacional, artístico e tecnológico. Os resultados, objetivamente, apontam que todas os campos tem sido contemplados pelas atuações do corpo discente a partir da sua formação e pesquisa, concluídas ou em desenvolvimento, com destaque para implicações na profissão (59%), educação (56,4%) e economia, sociedade e cultura (48,7%).
Notoriamente, percebemos através das respostas à primeira pergunta do questionário respondido pelos alunos que a motivação predominante para ingressar no programa tem sido o aperfeiçoamento acadêmico, como possibilidade de carreira profissional. Esta expectativa de progressão pessoal, ainda segundo o posicionamento dos alunos, foi possibilitada pelas vastas experiências proporcionadas pelo programa, tais como disciplinas, orientações, pesquisas, publicações e participações em eventos. Entre as alternativas a serem fortalecidas para aprimorar esta vivência acadêmica, sugeridas pela autoavaliação discente, estão a maior e melhor integração interna, entre as próprias disciplinas do programa, e externa, com os cursos de graduação de Arquitetura e Urbanismo e Design ou ainda com outros programas de pós-graduação, seja da instituição UFC, seja do país ou de outras nacionalidades.
Outra questão relevante é a dedicação do discente ao programa, verificado como integral apenas na minoria dos depoimentos (27,9%). Isto se deve à insuficiência do número de bolsas disponíveis, que ainda não atende à demanda. Por outro lado, esta informação, aglutinada à constatação de que os alunos continuam a exercer suas atividades profissionais durante o curso, indica que a acomodação entre academia e prática profissional é uma demanda atual e também uma oportunidade de integração para o enriquecimento do conhecimento.
As respostas do alunado apontam outro achado fundamental: a responsabilidade em devolver para a sociedade os resultados do aperfeiçoamento proporcionado pelo programa. Depoimentos constatam a formação de uma consciência discente do papel do mestre em Arquitetura, Urbanismo e Design em promover cidades mais justas e desenvolver a responsabilidade social do profissional. Essa promoção, segundo os alunos, poderá ser alcançada por oportunidades diversas conquistadas como consequência do mestrado, que compreendem desde as próprias temáticas pesquisadas à atuação acadêmica e profissional.
Aperfeiçoar o programa exigirá o entendimento de que ciência é uma atividade em grupo, uma produção coletiva e social não só de indivíduos da pós-graduação, mas também da graduação e das esferas de atuação prática. Integração e envolvimento, portanto, são apontadas pelos alunos como estratégias para crescimento científico, que, por sua vez, não só atenderá à expectativa inicial do docente de seguir uma carreira acadêmica, mas ampliará o seu horizonte para atuar em outras searas, como um profissional qualificado, consciente da sua relevância no fomento do direito à cidade e habilitado a equacionar os seus desafios como um bom cientista.
