Plano Municipal de Caminhabilidade de Fortaleza, desenvolvido com a participação de membros do PPGAU+D é premiado
Data da publicação: 18 de agosto de 2021 Categoria: Egressos, Sem categoriaO deslocamento a pé é o transporte mais expressivo na vida urbana, representando 39% dos deslocamentos diários nas cidades brasileiras (SIMOB, 2019). Nesse sentido, o Prêmio Cidade Caminhável 2021, realizado pelo SampaPé! com apoio do ITDP Brasil e Walk 21, buscou conhecer e reconhecer os projetos e iniciativas que o poder público realizou nos últimos anos no caminho da priorização do caminhar. Em sua primeira edição, o prêmio teve 28 projetos válidos inscritos, de 16 cidades diferentes, de 10 estados e do DF.
Os projetos vencedores foram analisados por quatro mulheres especialistas em mobilidade e cidades: Jessica Lima, professora da UFAL, e especialista em transportes, acessibilidade e mobilidade urbana; Kaísa Isabel Santos, arquiteta e urbanista, conselheira fiscal do IAB SP; Meli Malatesta, arquiteta e urbanista especializada em Mobilidade Ativa, presidente da Comissão Técnica de Mobilidade a Pé de Igualdade; e Sonia Lavadinho, geógrafa, antropóloga e socióloga urbana portuguesa, fundadora da Bfluid.
As cidades vencedoras dos prêmios foram:
– Fortaleza, na categoria de cidades grandes; Fortaleza mostra como criar estratégias municipais de caminhabilidade e ter instrumentos para garantir sua implantação mesmo com mudanças de gestão. o projeto foi o Plano Municipal de Caminhabilidade de Fortaleza, desenvolvido de 2017 a 2020, disponibilizando 8 cadernos, desde cartilha e manual a técnico até metodologias e registro da participação social.
– Caruaru, na categoria de cidades médias; mostra como a ressignificação de antigas estruturas de transporte podem ser oportunidades para criar espaços de qualidade, conexão e convivência. O projeto foi o Via Parque Caruaru, um parque linear de 8 km no eixo da antiga linha férrea, que atravessa a cidade de leste a oeste, conectando mais de 16 bairros.
– Conde, na categoria de cidades pequenas. Mostra como inovar em cidades pequenas. A iniciativa foi a Reurbanização do Centro de Conde.
Importante ressaltar no Plano Municipal de Caminhabilidade de Fortaleza (PMCFor) é a participação de professores e mestrandas do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura Urbanismo e Design/UFC: professora Zilsa Santiago (como representante do DAUD) e as mestrandas Maria Raquel do Vale Lima , Clarissa Fonseca Azevedo de Melo e Isabelly Egot, além das egressas Raquel Morano e Manuela Mendonça que apresentaram as respectivas pesquisas de mestrado nas reuniões de planejamento do PMCFor.
Raquel do Vale, mestranda da Linha de Pesquisa em Planejamento Urbano e Direito à Cidade do PPGAU+D/UFC é integrante da equipe técnica responsável pelo PMCFor, tendo participado e subsidiado tecnicamente na elaboração de seis dos oito documentos técnicos desenvolvidos para o Plano Municipal de Caminhabilidade de Fortaleza. Além de participar de forma ativa na construção e execução do PMCFor, pesquisas desenvolvidas para o Caderno de Diagnóstico e uma das diversas ações estabelecidas no Caderno de Boas Práticas e Proposições do plano, estão relacionadas de forma direta na pesquisa de dissertação em desenvolvimento pela discente do PPGAUD, intitulada “Acessibilidade e Mobilidade Urbana como condição estratégica do Direito de Ir e Vir: o caso da Linha Sul do Metrô de Fortaleza”, cujo objetivo é analisar às condições de acessibilidade espacial de Pessoas com Deficiência e mobilidade reduzida nas estações do Metrô de Fortaleza (Linha Sul) e os seus entornos, com o propósito de compreender o panorama atual dos parâmetros da acessibilidade espacial e a inclusão dessa população no sistema metroviário.
Clarissa Melo, também mestranda da Linha de Pesquisa em Planejamento Urbano e Direito à Cidade do PPGAU+D/UFC participou em 2019 e 2020 na elaboração de cadernos que formam o PMCFor quando foi servidora da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente – SEUMA. Sua participação em dois cadernos do plano: o Caderno de Diagnóstico, onde em campo, aplicou a metodologia do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) para analisar o Índice de Caminhabilidade das calçadas nos pontos selecionados. E o Caderno de Estratégias, sendo integrante da rede interdisciplinar de caminhabilidade, e do Grupo de Trabalho sobre Mobilidade Reduzida. Sua participação também se relaciona pela temática de percursos caminháveis acessíveis com a sua pesquisa de mestrado intitulada “Acessibilidade Universal e Patrimônio Cultural Edificado: percurso cultural acessível no centro de Fortaleza/CE”, cujo diagnóstico com medições de campo se assemelham ao trabalho de campo na sua pesquisa.
Isabelly Egot, mestranda da Linha de Pesquisa em Planejamento Urbano e Direito à Cidade do PPGAU+D/UFC. Coordenou toda a parte de participação social e a rede municipal de caminhabilidade, como coordenadora do Laboratório da Cidade Sustentável – SEUMA.