Prof. Ricardo Paiva e mestranda Adriana Castelo Branco aprovam trabalho no 16º Seminário de História da Cidade e do Urbanismo
Data da publicação: 3 de fevereiro de 2021 Categoria: EventosOs Liceus Industriais surgiram a partir das Escolas de Aprendizes Artífices criadas em 1909, com o objetivo de capacitar jovens carentes. Desde então, passaram por diversas transformações estruturais, constituindo hoje os Institutos Federais de Educação. A Década de 1930 foi um período marcante na história do ensino técnico profissional, quando se intensificou o processo de industrialização no Brasil. A atuação do Ministério da Educação e Saúde Pública e da Divisão do Ensino Industrial foi essencial na consolidação e modernização de uma rede de escolas que durante o Estado Novo, foram denominadas de Liceus Industriais. Estes equipamentos educacionais substituíram o ensino dos ofícios artesanais por novas especializações condizentes com as demandas das indústrias de cada região. Portanto, o presente artigo pretende analisar a relação entre as políticas de ensino profissionalizante deste período e as concepções arquitetônicas dos primeiros Liceus Industriais no Brasil, evidenciando como a modernização foi traduzida em suas configurações espaciais e formais, programas de necessidades e métodos construtivos. Os pressupostos teórico-metodológicos do trabalho baseiam-se historicamente na relação entre a arquitetura dos Liceus Industriais e as políticas educacionais implantadas na Era Vargas e, teoricamente, nos estudos sobre tipologias arquitetônicas. Como pressupostos práticos, pretende-se levantar e sistematizar as informações técnicas dos edifícios, analisando os projetos dos Liceus Industriais instalados no então Distrito Federal (RJ), Manaus (AM), São Luis (MA), Vitória (ES), Goiânia (GO) e Pelotas(RS), todos de autoria do Arquiteto Carlos Henrique Porto (1905-1981). Por fim, o trabalho visa contribuir para a documentação, valorização e preservação da memória desse acervo arquitetônico.