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Universidade Federal do Ceará
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e Design

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COVID-19 em Discussão

Destacamos a seguir algumas contribuições do PPGAU+D no enfrentamento da pandemia do COVID 19 :

 

PPGAU+D participa de pesquisa em rede em edital da CAPES 12/2021 – programa estratégico emergencial de combate a surtos, endemias, epidemias e pandemia

Com a Coordenação do Prof. José Almir Farias e participação do Prof. Ricardo Paiva, o projeto de pesquisa Espaço, redes de apoio e rotas de fuga: cidades em transformação trata de investigar as transformações urbanas advindas da pandemia do Covid-19, que impôs novos modos de viver incidindo sobre a cidade e a moradia, e acirrou desigualdades e vulnerabilidades sociais e ambientais. Para além dos desafios na saúde pública, com o saldo devastador de mais de 600 mil mortos no país, a pandemia afetou os modos de vida, confinando a população, impondo o trabalho remoto, privando os cidadãos de usufruir da cidade, dos espaços públicos e das atividades de trabalho, lazer, educação e produção. Durante a pandemia do novo coronavírus, as desigualdades e dificuldades que populações marginalizadas enfrentam no acesso à moradia digna se tornaram ainda mais claras, principalmente no que diz respeito a deficiências projetuais e construtivas das moradias, bem como nas limitações impostas por carências urbanísticas de toda ordem. Sendo assim, o problema de pesquisa que se anuncia tem como origem as muitas e difíceis lições que a pandemia trouxe à nossa cidade, especialmente no que concerne às estratégias espaciais, que repercutem na forma e função dos espaços públicos e das moradias. Dois ingressos teóricos se fazem presentes: transversalidades em políticas públicas e dinâmicas da forma e função urbanas. Busca-se, assim, apreender a espacialidade dos fenômenos decorrentes da pandemia do Covid-19 em suas diferentes dinâmicas e escalas do espaço intraurbano, avaliando a combinação de múltiplas variáveis no território, as interações e os resultados dessas interações. Dos levantamentos e análises constam: compreender as estratégias espaciais do mercado imobiliário em tempos de pandemia; a geografia de atenção à saúde; a análise dos mapas de risco; e as estruturas espaciais das transversalidades entre políticas urbana e de saúde. A Coordenação geral do projeto é da Profa. Denise Machado.

 

 

 Professora Zilsa Santiago e discentes compõem equipe que elaborou um relatório de vistoria das escolas públicas para a retomada das aulas presenciais em Fortaleza.

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Ceará (CEDDH) realizou, em maio deste ano, vistoria em 42 escolas da rede municipal de Fortaleza com o objetivo de avaliar as condições de infraestrutura, acessibilidade, acesso à água, ventilação, dentre outras, exigidas pelo protocolo sanitário do governo estadual. Alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC participaram das equipes de visitação das escolas sob orientação da professora Zilsa Santiago que também realizou uma formação interna e contribuiu para a elaboração do documento final de análise e recomendações para orientar a ação da Secretaria de Educação.
Dados coletados nas vistorias apontam para falta de infraestrutura, de ventilação, de acessibilidade e até dificuldade de acesso à água. Como resultado o CEDDH lista 35 ações e medidas necessárias para a garantia de todas as  condições e protocolos sanitários necessários à preservação do direito à vida e à saúde de todas as  pessoas que compõem as comunidades escolares. Elas estão divididas em  11 dimensões que vão de organização do espaço físico a orçamento público.
Principais indicadores após as visitas:
1. Ventilação: 31% das 467 salas de aulas vistoriadas não apresentam  condições de circulação de ar
2.  Acesso à água: 10% das escolas  informaram ter problemas de acesso à água, sendo que em uma delas o problema ocorre desde o final de 2020.
3. Situação dos banheiros: Dos 263 banheiros existentes nas escolas visitadas, 21% encontravam-se inadequados
4.  Falta fluxo definido entre escola, unidade de saúde e Prefeitura
5.  Acessibilidade: 42,9% das escolas visitadas não apresentarem banheiros acessíveis
6. Com a vistoria, verificou-se que das 200 escolas listadas em TAC de 2018  que previa reformas, 67% delas sequer tiveram suas obras  iniciadas.

 

 

Em janeiro de 2021, a contribuição do grupo de autores do PPGAU+D formada pela professora Clarissa Freitas, e as discentes Juliana de Boni Fernandes (mestrado) e Luisa Vieira da Ponte (graduação) foi publicada na edição temática do periódico “InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais”. A edição intitulada “Pandemia, direitos e movimentos sociais” reúne artigos que refletem sobre os impactos da pandemia da Covid-19 nas lutas dos movimentos sociais no Brasil e em outros países. O artigo da equipe do PPGAU+D discute  as respostas populares frente a problemas (infra)estruturais no caso de Fortaleza. O trabalho resulta da pesquisa-ação da equipe junto aos grupos sociais organizados na periferia da cidade.

 

 

A Oficina Digital do PPGAU+D ocupou um papel de destaque na iniciativa da UFC em usar seus recursos (humanos e de equipamento) a serviço do enfrentamento da pandemia de COVID-19. A Universidade montou uma força-tarefa para a produção de modelos simplificados de faceshields (protetores faciais). O processo de produção proposto ocorreu distribuída, entre os  laboratórios de fabricação Digital da UFC e cada um deles contribuiu com o número de peças que lhe fosse possível. Uma estrutura de logística foi concebida para coleta das peças dos diversos laboratórios e depósitada no DAUD, onde os kits de produtos foram montados para distribuição posterior. Como resultado desta iniciativa, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Ceará ( CAU-CE) firmou convenio com o PPGAU+D para potencializar a produção de EPIs adquirindo novas impressoras 3D para serem usadas para esta finalidade. A demanda pelos produtos foi obtida através de cadastro aberto ao público e a prioridade foi dada para instituições de saúde, atendendo mais de 40 instituições espalhadas pelo estado do Ceará, entre clínicas, hospitais e secretarias municipais. Foram ainda atendidas demandas de alguns grupos de trabalho social que atuam junto às periferias da cidade de Fortaleza, bem como setores da própria universidade. Ao todo, mais de 5500 unidades foram produzidas e distribuídas. Mais informações podem ser obtidas no perfil da Oficina Digital no Instagram.

 

 

Nos primeiros meses após a chegada da pandemia a Fortaleza o grupo do ArqPET, sob a coordenação do Professor Daniel Cardoso lançou a plataforma Somarqpet. A iniciativa possui tres ações de apoio aos desafios urbanos enfrentados pela pandemia: (1) Um mapa solidário, que espacializa todas as iniciativas voltadas para o auxílio às comunidades em situação de vulnerabilidade; (2) O Covid 19 na cidade, que sistematiza dados espacializados em formato shapefile sobre a ocorrência dos casos extraídos do IntegraSUS para facilitar as analises urbanísticas; (3) O Curso Solidário online gratuito to software QGIS que visa arrecadar recursos de doação para a comunidade Raízes da Praia, cujas famílias enfrentam graves questões de saúde devido à ausencia de banheiros.

 

As Professoras Zilsa Santiago e Vilma Villarouco participaram de uma roda de conversa sobre Pandemia, Ergonomia e Acessibilidade. Os resultados das discussões foi publicado no número 02 do volume 05 da Revista Projetar.

 

 

 

 

Equipe formada por professores alunos e pesquisadores do PPGAU+D, sob a coordenação do professor Renato Pequeno, contribuiu para a elaboração do Dossiê Nacional: As Metropoles e a COVID-19, organizado pelo Observatório das Metrópoles e o Forum Nacional de Reforma Urbana. A contribuição do grupo de pesquisa se deu no formato de um capítulo do Dossiê relatando o caso de Fortaleza.

 

 

 

Diante das visibilidade das necessidades soluções coletivas para enfrentar os desafios de qualificação do ambiente construído escancarados pela pandemia do COVID-19, o Global Urban Lab da Universidade TU Delft com apoio da Spatial Justice Network organizou o 30 Urban Thinker Campus parte integrante da compõe a World Urban Campaign/UN-Habitat. Um grupo de alunos, integrantes do projeto de pesquisa “Planejamento e Informalidade: as potencialidades da Regularização Fundiária” coordenado pela professora Clarissa Freitas, participaram da iniciativa em Novembro/Dezembro de 2020, contribuindo com a elaboração de um Manifesto para Cidades Justas

 

 

Em maio de 2019 o Prof. Ricardo Paiva participou, a convite do IAB, de um debate sobre comércio, consumo e cidades e a COVID-19.
link para o debate:  https://www.youtube.com/watch?v=4VrZqfO1GCo

 

 

 

 

 

Em junho de 2020 a professora Clarissa Freitas participou de uma roda de conversa virtual sobre o tema “A cidade, a periferia e a pandemia” organizado pelo Centro de Defesa da Vida Hebert de Souza e o Núcleo de Tecnologias e Educação a Distância em Saúde da Faculdade de Medicina da UFC. Trouxe a discussão sobre Habitação e Saúde na Periferia de Fortaleza, apresentando resultados de pesquisas extensionista do PPGAU+D como o Projeto “Assistência técnica ao assentamento Raizes da Praia” e o projeto “Plano Popular da ZEIS do Bom Jardim” em parceria com o ArqPET/UFC, além da sistematização do relatorio de assistencia técnica do projeto PIRF/UFC.

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